quarta-feira, 16 de maio de 2012

Glomerulonefrite pós-estreptocócica


Anelise Uhlmann

Sindrome nefrítica mais comum no mundo, mas sua patogênese permanece não clara. Vários antigênicos nefritogênicos tem sido estudados assim como susceptibilidade do hospedeiro.
A glomerulonefrite pós-estreptocócica é caracterizada por um rápido inicio de hematúria, edeme e hipertensão sendo usualmente precedida de uma faringite ou piodermite por estreptococos do grupo A. Outros estreptococos incluem grupo C e G. Evidência sorológica de infecção estreptocócica são mais sensíveis (94,6%) que história de infecção recente (75,7%) ou cultura positiva (24,3%) em diagnosticar infecção. É mais freqüente em crianças de 5-12 anos sendo pouco freqüente em crianças com menos de 2 anos devido a baixa taxa de faringite nesta faixa de idade e menos comum formação de complexo imune.
Edema generalizado devido a retenção de água e de fluído é o sintoma inicial m 2/3 dos pacientes. Sofrimento respiratório e edema pulmonar tem sido relatado mesmo com poucas anormalidades urinárias.
A hipertensão, a qual é principalmente devido a retenção de líquido é encontrada em muitos pacientes e pode variar de leve a severa. Em alguns casos pode ocorrer cefaléia, confusão e convulsões. Outros fatores envolvidos na gênese da hipertensão incluem: peptídio natriurético atrial e endotelina.
Alguns pacientes com Glomerulonefrite podem ter encefalopatia com resultado de vasculite de sistema nervoso central. Na ressonância magnética, observa-se sinais hiperintensos na região parieto-occipital  (leucoencefalopatia posterior).
A glomerulonefrite pode ter uma ampla variedade de sintomas que pode confundir os médicos retardando o diagnóstico e aumentando a morbidade. Deste modo, a Glomerulonefrite difusa aguda deveria ser considerada em qualquer paciente com uma história de início agudo de edema, sofrimento respiratório ou hipertensão.
A glomerulonefrite pós-estreptocócica geralmente tem um curso benigno com recuperação de função renal e prognóstico bom a longo prazo.
O tratamento da GNDA é de suporte. Sobrecarga de fluído usualmente responde ao diurético e restrição de água e sódio. O controle da hipertensão é essencial para reduzir morbidade e pode necessitar bloqueadores de canais de cálcio em adição ao furosemide. Os inibidores de enzima de conversão (captopril e enalapril) não são geralmente usados na fase aguda devido ao risco de diminuir a taxa de filtração glomerular e hipercalemia.
O uso de antibiótico tem sido utilizado em comunidades que a GNDA pós-infecciosa é epidêmica para reduzir a transmissão de cepas nefritogenicas e deste modo diminuir a incidência de GNDA.
Ocasionalmente pode ser necessário diálise em pacientes com insuficiência renal aguda, retenção severa de líquidos sem resposta aos diuréticos, hipercalemia resistente.
Proteinúria nefrótica, crescentes celulares na biópsia, insuficiência renal na apresentação são associadas com prognóstico renal pobre. Nestes casos pode ser necessário plasmaferese e pulso com metilprednisolona endovenoso.

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