domingo, 1 de julho de 2012

Testes de Triagem Neonatal - TESTE DA ORELHINHA


Dr. Alexander Sapiro
R2 Lívia Lopes Moreira


Audição
        Começa a partir do 5º mês de gestação e se desenvolve intensamente nos primeiros meses de vida;
        A audição é fundamental para o desenvolvimento da fala e da linguagem no início da vida da criança;
        Detecção precoce: bebês que têm perda de audição e iniciam o tratamento até os 6 m apresentam desenvolvimento muito próximo ao de um ouvinte;
        3:1.000 recém-nascidos apresentam algum tipo de perda auditiva;
        No Brasil, estima-se que existam cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva. No Censo de 2000, (IBGE), 3,3% da população tem algum problema auditivo. Aproximadamente 1% declarou ser incapaz de ouvir.

O Exame
        Emissões Otoacústicas Transientes;
        Feito no berçário ???
        Em sono natural;
        2º ou 3º dia de vida;
        Dura de 5 a 10 minutos;
        Não tem contra-indicação;
        Não é invasivo.


Emissões Otoacústicas – EOA
        Sons provenientes da cóclea após a apresentação de um estímulo sonoro;
        É o mais recente método para identificação de perdas auditivas periféricas em recém-nascidos ;
        Objetivo: detectar a ocorrência de deficiência auditiva periférica;
        Quando existe qualquer alteração auditiva periférica, ou seja, quando os limiares auditivos se encontram acima de 30 dBNA, elas deixam de ser observadas.

AUDIÇÃO

        Graus da Perda Auditiva:
       Mínima: de 20 - 25 dB (crianças);
       Leve: 25 – 45dB;
       Moderada: 41 – 65 dB;
       Severa: 66 – 90 dB;
       Profunda: mais de 90dB.
AUDIÇÃO
        A plasticidade neurológica até os 2 anos de idade possibilita grandes avanços no processo de reabilitação dos casos protetizados;
        O diagnóstico após os 6 meses traz prejuízos inaceitáveis para o desenvolvimento da criança e sua relação com a família;
        Infelizmente, no Brasil, a idade média de diagnóstico da perda auditiva neurossensorial severa a profunda é muito tardia, em torno de 4 anos de idade .

Emissões Otoacústicas
        Como é feito:
Um aparelho estimula com um som breve, chamado de clique transiente, a orelha da criança através de um pequeno fone inserido no meato acústico externo.
        Requisitos para fazer o exame:
Que a criança esteja quieta, de preferência dormindo.
        Comentário:
Presentes: pode-se afirmar que as orelhas média e interna estão normais.
               Ausentes: o resultado é inconclusivo.
       Neste caso outros exames serão necessários para esclarecer o grau de capacidade auditiva.
        Lei nº 12.303, de 2 de agosto de 2010: torna obrigatória e gratuita a realização do exame.

EOA – APARELHO
 
Fatores de Risco para Perda Auditiva – 0 a 28 dias

        História familiar: ter outros casos de surdez na família;
        Consanguinidade materna;
        Alcoolismo materno ou uso de drogas psicotrópicas na gestação;
        Infecção intrauterina - citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital, toxoplasmose, HIV +;
        Anomalias crâniofaciais - deformações de orelha e/ou o canal auditivo;
        Peso inferior a 1.500 gramas ao nascer;
        Criança pequena para a idade gestacional (PIG);
        Hemorragia ventricular;
        Medicações ototóxicas – antibióticos aminoglicosídeos;
        Meningite bacteriana;
        Anóxia neonatal: APGAR < 4 no 1º min e < 6 no 5º min;
        Ventilação mecânica em UTI neonatal > 4 dias;
        Permanência em UTI neonatal > 48 horas;
        Outros sinais físicos associados a síndromes neurológicas – ex: síndrome de Down;
        Hiperbilirrubinemia;

Crianças de 29 dias a 2 anos
        Atraso de fala ou de linguagem;
        Meningite bacteriana ou viral- maior causa de surdez no Brasil;
        Traumatismo Craniano;
        Medicações  ototóxicas;
        Outros sinais físicos associados à síndromes neurológicas;
        Otites persistentes ou recorrentes por mais de 3 meses.

Bibliografia
        www.sbp.com.br
        www.sbtn.org.br
        www.ctn.com.br
        www.testedaorelhinhars.com.br
        www.saude.gov.br
        Programa Nacional de Triagem Neonatal




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