segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mononucleose Infecciosa

Fabrízio Motta

A classificação da Mononucreose Infecciosa (MI) é ampla e difícil. Podemos classifica-la de acordo com os vários tipos de apresentação conforme a tabela abaixo:

 
Os achados clínicos da MI clássica são pelo menos 3 dos seguintes: faringite exsudativa, linfadenopatia generalizada, esplenomegalia, edema facial malar e fadiga. O achado hematológico é a presença de linfocitose atípica de pelo menos 5% no esfregaço de sangue periférico. A alteração sorológica é a presença de anticorpos heterofilos.
Mononucleose infecciosa e a Infecção pelo Vírus do Epstein-Barr (EBV) não devem ser encaradas como sinônimos, pois frequentemente infecção pelo EBV não resulta em MI clássica, e na Mononucleose-like outros agentes podem estar implicados.
Diagnóstico clínico: podemos dividir a MI em 3 fases: a fase prodrômica que dura de 2-5 dias com mal estar , fadiga e febre. A segunda fase (fase aguda) com febre, dor de garganta, mal estar e fadiga. Apresenta no exame linfoadenopatia e tonsilofaringite (50% dos casos). A febre costuma ocorrer ao entardecer e a noite e dura em torno de 1 -2 semanas, em alguns casos dura ate 4-5 semanas. A linfoadenopatia ocorre em mais de 90% dos casos, geralmente cervical anterior e posterior, mas pode ser generalizada incluindo inclusive linfonodos supraclaviculares. A tonsilofaringite da MI pode mimetizar Infecção por Streptococcus pyogenes, mas em pacientes menores de 3 anos esta bactéria é raríssima. Ocorre também esplenomegalia (50% dos casos, sendo mais frequente em crianças menores) e hepatomegalia (60% dos casos nas crianças pequenas), edema em torno dos olhos (sinal de Hoagland), icterícia, dor abdominal leve, cefaléia, rash (15% dos casos em crianças, chega a 30% em adultos), mas o uso de ampicilina ou amoxicilina nestes casos pode desencadeá-lo, principalmente em adultos. A terceira fase (fase de resolução) leva em torno de 3-4 semanas. A organomegalia pode persitir por 1-3 meses, a fadiga resolve em 3-4 semanas
Alterações laboratoriais: linfocitose atípica (ver quadro 1) e aumento de transaminases.
Diagnóstico sorológico: O diagnóstico pode ser feito através de slide test, como o monoteste, que tem elevada especificidade para mononucleose por EBV. O problema é sua baixa sensibilidade, com valor preditivo negativo de 82%, muitas vezes necessitando de mais de um teste para confirmar o achado. Slide test negativo não exclui a doença e se a suspeita for forte, deve-se seguir a investigação para EBV, e ampliar para outras causas de mononucleose (ex: ver quadro 2). O slide test aparece mais frequentemente em pacientes entre 10 e 29 anos de idade. Em pacientes com MI confirmada, o teste foi positivo em: 1% dos pacientes com menos de 4 anos, 5% nos menores de 10 anos, e em 3% dos maiores de 30 anos. O slide test é falso-negativo em 25% dos casos na primeira semana, 5-10% na segunda semana e em 5% na terceira semana. Nos paciente menores de 10 anos e em naqueles em que o slide test é negativo mas em ambos a suspeita é forte deve-se pesquisar os anticorpos específicos para EBV.
A investigação de EBV pode ser realizada através da pesquisa de anticorpos específicos contra o vírus. Uma analogia com um típico doce de criança (M&Ms de amendoim). Em que a cobertura do doce é o antígeno do capsídeo viral (viral capsid antigen-VCA). Você sente o gosto primeiro, então os anticorpos IgG ou IgM (anti-VCA) são os primeiros a serem formados após infecção pelo EBV. A próxima camada que você sente é o chocolate, que representa o antígeno precoce do EBV (early antigen-EA), os anticorpos (anti-EA) aparecem então em segundo lugar. Por último o amendoim, que representa o antígeno do núcleo do EBV (Esptein-Barr nuclear antigen- EBNA). Os anticorpos contra EBNA (anti-EBNA) aparecem por último.
O anti-VCA IgM aparece rapidamente e some em 80% dos casos em 3 meses. Os anticorpos anti-VCA IgG (pico em 3 meses) e anti-EBNA (pico após 1 mês) persistem por toda a vida, enquanto que os anti-EB some após 6-9 meses.
Contágio: O período de incubação muito amplo, variando de 30 a 50 dias. A transmissão é feita através do contato próximo, por isso em adolescentes a MI clássica é chamada de “doença do beijo”. Além disso, acredita-se que o vírus pode ser transmitido de 9 dias antes dos sintomas até 6 meses após.
 
Tratamento e prevenção: Doença geralmente autolimitada onde o repouso é o único tratamento necessário. O uso de corticoides por 6 a 10 dias pode ser útil em pacientes com doença grave, ou seja, naqueles pacientes com obstrução importante da via aérea. O aciclovir não tem indicação de uso nos casos comuns de infecção pelo EBV em imunocompetentes, principalmente porque a sintomatologia é mais dependente da resposta do hospedeiro que ação direta do vírus.

Complicações: Apesar de rara, a ruptura espontânea do baço pode ocorrer nas primeiras duas semanas da doença quando ele estiver aumentado. Rupturas tardias estão associadas a trauma em um baço ainda aumentado. O retorno as atividades não atléticas devem ser guiadas pela vontade do paciente, mas o retorno as atividades físicas deve ser guiada por ultrassom abdominal, e somente liberadas após o baço retornar ao normal. Obstrução da via aérea superior devido ao aumento das tonsilas pode ocorrer. A hepatite clínica é vista em 5% dos casos, e subclínica em 20-40%.
As complicações do sistema nervoso central ocorrem nos casos graves, são autolimitadas e reversíveis e incluem meningite asséptica, encefalite e Síndrome de Guillain-Barré. Outras complicações também raras incluem: anemia hemolítica autoimune, trombocitopenia, síndrome hematofagocítica, orquite e miocardite. A síndrome da fadiga crônica é outra complicação da infecção pelo EBV.

Diagnóstico diferencial: Monucleose-like (ver quadro 2), HIV, leucemia aguda, outras causas de faringite (Streptococcus pyogenes e vírus respiratórios). Com a não resposta de uma suspeita de amigdalite a amoxicilina deve-se então imediatamente pensar em MI, e em último caso em resistência bacteriana.

Recorrência da infecção pelo EBV: a infecção ativa crônica pelo EBV é rara e deve conter três dos abaixo: doença grave com mais de 6 meses de duração, achado histológico de envolvimento de algum órgão (pneumonite, hepatite, hipoplasia da medula óssea, uveíte) e demonstração de antígenos ou DNA do EBV nos tecidos. 

Referências
1.      Manual of Childhood Infections – The Blue Book. Mike Sharland, 3 ed, Oxford, 2011.
2.      Pediatric Infectious Diseases: A Problem-Oriented Approach. Randall G Fisher and Thomas G. Boyce, 4 ed, Lippincott Williams & Wilkins, 2005.
3.      Feigin and Cherry´s Textbook of Pediatric Infectious Diseases, 6th edition, 2009.

2 comentários:

  1. Fui diagnosticada com câncer de mama em estágio 3, uma amiga minha Lola, que tinha uma doença semelhante, me contou sobre o remédio de ervas do Dr. James que a curou do câncer de ovário. Ela me deu o endereço de e-mail do Dr. James, entrei em contato com ele rapidamente, e ele garantiu que seu remédio de ervas curará meu câncer de mama, eu disse tudo bem. Perguntei a ele sobre o processo de cura, ele me pediu para pagar as taxas que fiz e em 4 dias úteis, ele me mandou o remédio fitoterápico e me orientou como bebê-lo por 3 meses para me curar. Contei a Lola, minha amiga, sobre o fitoterápico, então ela me autorizou a bebê-lo. Bebi o fitoterápico por 1 mês e fiquei totalmente curado. Estou muito grato e prometi recomendar qualquer pessoa que sofra de câncer ou qualquer tipo de doença a ele e isso o que estou fazendo. O remédio fitoterápico do Dr. James me fez acreditar que há esperança para pessoas que sofrem de doenças como doença de Alzheimer, transtorno bipolar, esquizofrenia, doença de Parkinson, esquizofrenia, câncer, escoliose, câncer de bexiga, câncer colorretal, câncer de mama, câncer de rim, leucemia, pulmão Câncer, Câncer de Pele, Câncer Uterino, Câncer de Próstata, Fibromialgia, a
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    Aqui estão as informações de contato dele ... Email ... drjamesherbalmix@gmail.com

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