terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dicas sobre vacinas e vacinação

Juarez Cunha

- Profissionais da saúde devem ser avaliados/vacinados para: hepatite B, influenza, coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e tuberculose.

- Os Calendários vacinais apresentam recomendações de organizações como o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, da SBP, SBIm e CDC. Nem sempre essas recomendações são iguais.

- Sempre que possível utilizar vacina do mesmo laboratório produtor em todas as doses do esquema vacinal. Se não for possível utilizar o produto disponível.

- Em caso de atraso ou esquecimento de dose, não é necessário reiniciar os esquemas vacinais, somente completá-los.

- Respeitar as idades e intervalos mínimos entre as doses.

- A vacinação de uma pessoa já imune não apresenta riscos adicionais além das possíveis reações adversas.

- Vacinas inativadas podem ser administradas no mesmo momento ou com qualquer intervalo entre elas. A mesma regra vale para vacinas inativadas e as atenuadas. Já as de vírus vivos atenuados injetáveis, se não forem administradas no mesmo momento, deve-se respeitar um intervalo de 30 dias entre elas.

- A vacina do sarampo, monovalente ou combinada, pode interferir com a resposta do PPD. Realizar no mesmo dia, até um dia depois, ou 4 semanas após a vacina.

- Os eventos adversos pós-vacinação devem sempre ser notificados para a Secretaria Municipal de Saúde.

- Reação anafilática prévia a uma vacina é contra-indicação para aplicação de doses posteriores daquele produto. Evitar administrar vacina durante doenças agudas moderadas ou graves.

- As vacinas com componentes vivos, em geral, não devem ser administradas às gestantes e pacientes imunodeprimidos.

- Utilização de outra via que não a recomendada para a aplicação de determinada vacina pode reduzir sua eficácia ou aumentar a possibilidade de eventos adversos.

- Medidas como distração, ingestão de líquidos doces ou leite materno e anestésicos tópicos podem aliviar o desconforto e a dor da aplicação de vacinas.

- Nos prematuros devem-se utilizar as vacinas nas doses usuais e conforme a idade cronológica. Exceções: BCG que deve ser aplicada em RN com peso mínimo de 2 kg e hepatite B, que se for aplicada ao nascer no RN com peso de nascimento < 2 kg, deverá ser em 4 doses (0, 1, 2 e 6 meses).

- Na gestante são contra-indicadas as vacinas vivas atenuadas, exceto a vacina da febre amarela que, se houver risco para a doença, deve ser aplicada.

- A amamentação não contra-indica nenhuma das vacinas recomendadas para a idade. Exceção: vacina contra a febre amarela que deve ser adiada, se possível, até a criança completar 6 meses de idade.

- Na pós-exposição à hepatite B, tétano, sarampo, rubéola, varicela, hepatite A e raiva, a administração de vacinas e imunoglobulinas, dentro do prazo adequado, pode evitar ou atenuar as manifestações clínicas.

- O uso de sangue ou derivados e de imunoglobulinas pode interferir na replicação viral de vacinas vivas de uso parenteral.

- As pessoas que são contatos de imunodeprimidos devem receber todas as vacinas preconizadas para a idade, exceto a polio oral, pelo risco de disseminação do vírus vacinal pelas fezes por até 4 semanas. Além das vacinas de rotina, os contactantes desses pacientes, também devem receber as vacinas contra a varicela e gripe.

- O uso de corticóide tópico cutâneo, aerosol, intra-articular ou ocular não é considerado imunossupressor.

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